Vila Nova é uma freguesia portuguesa do concelho de Miranda do Corvo, 970 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 35,8 hab/km². Foi fundada em 1907.
A freguesia de Vila Nova possui uma área aproximada de 27,08 Km2, a maioria dos quais localizada na encosta sudoeste da serra da Lousã, confinando com os concelhos da Lousã, Penela e Figueiró dos Vinhos. Fazem fronteira com Vila Nova as Freguesia de Miranda do Corvo, Espinhal, Santa Eufémia e Campelo.
Integra um sítio da Rede Natura 2000 da Serra da Lousã, numa área de 1348,23 hectares.
O seu ponto mais alto situa-se a 900 metros de altitude, no Alto da Relva de Tábuas, uma ampla plataforma de onde, em dias de céu limpo, se avista uma paisagem deslumbrante, que se estende das águas do Atlântico a terras de Castelo Branco, envolvendo, de permeio, todo o Baixo Mondego.
O ponto mais baixo localiza-se a 300 metros de altitude, em Albarrol, junto à ribeira das Cerejeiras, que desagua no rio Dueça, um dos afluentes do Ceira, que, por sua vez, desagua no rio Mondego.
Inicialmente a freguesia de Vila Nova foi constituída pelos lugares de Albarrol, Barbéns, Besteiros, Cardeal, Cadaval, Carvalheira, Caseiros, Casalinho, Corga, Corujeira, Favais, Giestal, Gondramaz, Lomba do Rei, Meroucinhos, Pisão, Sandoeira, São Gens, Souravas, Supegal, Tábuas, Torno, Vialonga, Vila Flor, Vila Nova e Zorro.
Dez anos depois da sua criação, em 1917, a localidade de Tábuas voltou a reintegrar a freguesia de Miranda do Corvo, de onde tinha sido desanexada, por vontade da sua população, que nunca viu com bons olhos a sua inclusão na freguesia de Vila Nova.
Compõem, actualmente, a freguesia os lugares de Albarrol, Barbéns, Besteiros, Cadaval, Cardeal, Carvalheira, Casalinho, Caseiros, Corga, Corujeira, Favais, Giestal, Gondramaz, Lomba do Rei, Meroucinhos, Pisão, Quinta do Soito, Sandoeira, São Gens, Senhora da Piedade, Souravas, Supegal, Tapada do Campo do Mouro, Torno, Vialonga, Vila Flor, Vila Nova e Zorro.
Esta freguesia, à semelhança de quase toda a região centro litoral, tem um clima de tipo mediterrâneo, caracterizado por um Verão quente (20º-22º) e seco, os Invernos suaves (9º-11º), apresentando temperaturas médias anuais com oscilações na ordem dos 15º-16º e pela ocorrência da maior parte da precipitação no período compreendido entre Outubro e Abril. Todavia os seus valores são fortemente influenciados pela altitude podendo situar-se, em termos médios, entre os 1000 mm e os 1800 mm anuais.
De referir ainda que a queda de precipitação em forma de neve é frequente no Inverno.
As características do clima de Vila Nova, dependem de factores geográficos regionais, como a latitude e a altitude, sendo que a sua posição geográfica com a Serra da Lousã, proporcionam à sede de freguesia uma situação de abrigo dos ventos, cujo regime é marcado por uma maior frequência de ventos de Este e por outro lado torna-a numa área mais fresca no Inverno, em comparação com Coimbra, que se encontra a uma latitude e a uma longitude relativamente próxima. Esta condição de temperaturas mais baixas no Inverno fica-se, em parte, a dever ao escoamento de ar frio proveniente da Serra da Lousã.
Pela posição que esta área ocupa relativamente ao litoral e tendo em conta a linha de relevo que ocupa o extremo Este da freguesia, é frequente a formação de nevoeiros, essencialmente nos pontos altos da serra, bem como a presença de valores de humidade relativamente elevados, nomeadamente valores médios anuais compreendidos entres os 70 e os 75% de humidade no ar.
Para recolha de dados climáticos existem na região, a Estação Meteorológica da Lousã-Boavista (401m), o Posto Udométrico da Lousã (160m) e o Posto Udométrico de Lousã-Serra (599m).
Toda a área da Serra da Lousã que se integra na freguesia é constituída por xistos, encontrando-se desde xistos argilosos, aos mosqueados e até aos grauvaques, com diversas variedades intermédias. Trata-se de uma unidade litológica bastante contínua, composta por um substrato de xistos e grauvaques ante-ordovícicos, também denominado por complexo xisto-grauváquico, pouco metamorfizados, por vezes já alterados e frequentemente atravessados por filões de quartzo com várias direcções e cuja espessura é também variável.
Aparecem também nesta área, pequenos afloramentos graníticos na extremidade Oeste da Serra, na zona de Lomba do Rei. Esta unidade geológica é denominada por Granito de Vila Nova e apresenta um granito de duas micas, bastante alterado.
EQUIPAMENTOS
Todas as localidades da freguesia têm água ao domicílio e energia eléctrica. A sede de freguesia teve electricidade em Dezembro de 1930.
De acordo com a acta da sessão da Comissão Administrativa da Câmara Municipal, datada de 03 de Setembro de 1930, resolveu-se que a firma Padilha, Rebelo & Companhia Lda, da Lousã, iria estabelecer a ligação eléctrica com o lugar de Vila Nova, de acordo com um contracto com a firma.
Na sessão de 1 de Outubro de 1930, acusa-se a recepção de uma carta, dessa firma, cujo conteúdo é um compromisso de construção da rede para iluminação pública, no lugar de Vila Nova, pela importância de dois mil setecentos e cinquenta escudos (2.750$00 = cerca de 13,75€) e comunica que é necessário realizar um contracto por escritura pública, com a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal, dando assim a empresa inicio aos trabalhos, logo que esteja a escritura feita.
A Câmara Municipal resolve então mandar um ofício à Junta de Freguesia de Vila Nova afim de se marcar data e hora para a realização do contracto.
A água ao domicílio chegou à freguesia após o 25 de Abril.
O saneamento básico foi instalado na sede de freguesia em finais da década de 70, durante o mandato do engenheiro Simões Pereira, que presidiu à autarquia entre 1976-1979. Neste momento, para além de Vila Nova, este equipamento já está instalado no Gondramaz, em S.Gens, no Pisão e em parte da Sandoeira.
DEMOGRAFIA
Ver mapa limite freguesia cm 1-25000